13 JUN 2022
Jorginho de fato, Gean por apoio de João, Amin na amizade e Bolsonaro não deverá ajudar nenhum para não se atrapalhar; Moisés sem a onda de 2018 é atraído para marolinha e o MDB parece que agora vai
O final de semana político em Santa Catarina foi de encontros partidários, lançamento de pré-candidaturas, definições de pré-candidaturas a vice-governador e de muitos bastidores e conjecturas.
Na sexta-feira (10), houve o Encontro Catarinense da Frente Pela Lealdade em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A vice-governadora do estado, Daniela Reinert (PL), organizou o evento que recebeu a deputada federal por São Paulo, Carla Zambellie (PL).
O evento, basicamente do PL, teve manifestações críticas ao governador Moisés chamado de traidor a Bolsonaro e reuniu lideranças de todas as regiões do estado e vários pré-candidatos a deputados federais e estaduais e, é claro, seus pré-candidatos Jorginho Mello, ao governo do estado, e Jorge Seif, ao Senado. Aliás, lembrando que Mello atendeu pedido de Bolsonaro para que Seif fosse o candidato do partido ao Senado. Pedido feito, pedido atendido.

Não se sabe se vai se repetir a onda, desta vez com 22 em Santa Catarina, e se terá altura suficiente para impactar. Jorginho aposta que sim e, sempre que pode, reforça que em Santa Catarina ele representa Bolsonaro e Bolsonaro é ele e, por isso, recebe críticas dos adversários, leia-se João Rodrigues. Não há como negar que Jorginho Mello sempre foi um aguerrido defensor do presidente.
União e PSD em Chapecó
Do outro lado do estado, o prefeito de Chapecó juntou o União Brasil de Gean Loureiro e o seu partido para reafirmar seu apoio a Bolsonaro, ao mesmo tempo em que manifestou que este não é o principal requisito para vencer a eleição, enaltecendo a qualidade do ex-prefeito da capital. Claro que em tom de crítica.

No Oeste foi confirmado o que já se falava nos bastidores de que o ex-chefe da Casa Civil do governo Moisés e mentor do Plano 1000, Eron Giordani, é o nome do PSD para ser vice de Gean.
Amin sempre no páreo
Sempre que se fala em sucessão em Santa Catarina, não podemos esquecer do eterno candidato Esperidião Amin que, se for necessário, está sempre pronto para a corrida.
Na manhã de sábado, também em Chapecó, houve o lançamento da pré-candidatura a deputado estadual de Altair Silva, e dos deputados federais Jay Nicaretta e Berto.

O senador Amin, que também é próximo a Bolsonaro e, inclusive, teria pedido ao presidente para que não interferisse na campanha no estado, confirmou sua pré-candidatura ao governo e ao que parece seu nome vai à convenção para, como disse, sentir o apoio dentro de seu próprio partido. Antes da convenção haverá alguns encontros onde a temperatura será medida. Hoje será um deles. Vale lembrar que algumas lideranças há tempo reclamam da falta de espaço no partido, entre elas, o ex-deputado e prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli.
As ondas de Moisés
Depois de optar pelo Republicanos, o governador Carlos Moisés até agora, efetivamente, só conta mesmo com o apoio do PSC, do Avante e do Podemos e, é claro, de sua poderosa caneta. O MDB após pressão de várias lideranças (prefeitos e deputados) ao que parece agora vai compor a chapa.

O governador, no entanto, na ânsia pela reeleição, vem sendo atraído por outros obstinados como o ex-deputado e adversário nas eleições de 2018, Gelson Merísio, agora confirmado como vice na chapa de Décio Lima (PT), deixando o senador Dário Berger, pré-candidato ao governo pelo PSB, forçado a um voo solo.
Uma salada
Aos que me perguntam sobre as eleições em Santa Catarina respondo: Por enquanto, uma salada que, aos poucos, nos faz visualizar possíveis resultados para o segundo turno. Assunto para uma próxima Coluna.