23 JUN 2022

Um caso de descaso: Cidades estão abarrotadas de fios e cabos que causam prejuízos e poluição visual; São José faz movimento em busca de soluções para este problema

Um caso de descaso: Cidades estão abarrotadas de fios e cabos e enfrentam prejuízos e poluição visual

É só andar pelas ruas de qualquer cidade para verificar o descaso e a falta de fiscalização na colocação de fios e cabos nos postes. Em Santa Catarina as  Centrais Elétricas (Celesc), muitas vezes não retira fios desativados e, ainda, as empresas que exploram serviços de telefonia, tv a cabo e internet não são fiscalizadas e disciplinadas quanto ao uso dos postes de energia para a colocação de suas redes.

O problema está longe de uma solução. Além de fiscalização efetiva são necessários investimentos do poder público na remoção destes materiais e transferência  para redes subterrâneas. Como há muito se ouve, o que fica embaixo da terra não aparece e, por consequência, não dá voto. Pré-conceitos à parte, toda a sociedade e seus representantes devem se unir com este propósito.

A imagem que ilustra a Coluna foi feita por mim em uma das principais avenidas da área continental de Florianópolis, mas, como citei, o problema está presente e visível em todas as cidades.

Em São José o problema também preocupa

O município de São José, vizinho a Capital e a 4ª maior cidade do Estado, enfrenta o mesmo problema. Não creio em coincidências, mas também nesta quinta-feira (23), recebi a informação que a Câmara de São José deu início a um movimento contra a poluição visual causada por cabos de empresas de telecomunicações e tvs a cabo. A intenção é criar um regulamento local que a Celesc fiscalize as parceiras e remova cabos clandestinos e abandonados.

Em Roda de Conversa, vereadores entregaram ofício ao secretário da Casa Civil, Luiz Fernando Verdini Salomon, sugerindo que o prefeito Orvino Coelho de Ávila proponha lei municipal específica para regular o assunto.

O próximo passo será chamar as empresas operadoras de internet e tv a cabo e encaminhar notificações às agências reguladoras, segundo a presidente da Câmara, vereadora Méri Hang.

Os representantes da Celesc disseram que, por regramento nacional, há cinco pontos de fixação definidos em cada poste da rede de energia para as chamadas empresas compartilhadoras. Mas, apenas em São José, há 25 empresas do setor. Elas não retiram cabos em desuso e tem lançado outros em locais onde não possuem autorização. Elas também não têm recolhido fios arrebentados ou de tecnologias ultrapassadas. Os dirigentes da Celesc garantiram que a empresa está tomando providencias para aumentar a fiscalização. Já o secretário da Casa Civil se ofereceu para dar destinação final adequada ao material que for recolhido.

Novos encontros para tratar do assunto já estão sendo agendados.