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MARIA HELENA

03 SET 2024

Eleições 2024: A temporada de baixarias começou

As eleições de 2024 mal começaram, mas já dão mostras de que o caminho até as urnas será repleto de surpresas e baixarias. Um nível que, infelizmente, não é novidade no cenário político brasileiro. Florianópolis, assim como outras capitais, já vive uma tempestade de ataques pessoais e denúncias. As propostas, que deveriam ser o coração de qualquer campanha,  estão relegadas ao segundo plano, pelo menos até agora.

O que se vê é uma corrida desenfreada por escândalos e denuncismos. Candidatos e seus apoiadores mais interessados em destruir a reputação dos oponentes do que em construir uma plataforma sólida de governo e propositiva, e inundam as redes sociais e os meios de comunicação com acusações e insinuações. Essa estratégia, embora eficaz para gerar manchetes e atrair a atenção do eleitorado mais sedento por fofocas, deixa um vazio preocupante no debate público.

Enquanto o denuncismo ocupa as manchetes, problemas reais e urgentes, como a segurança pública, por exemplo, continuam sem propostas. Em Santa Catarina, a população vive sob a sombra do medo. A morte de um policial militar, em Criciúma, no Sul do Estado, nesta terça-feira (3), choca a sociedade catarinense e expõe ainda mais nossa fragilidade. Na mesma cidade, aliás, onde logo cedo fomos surpreendidos com a prisão do prefeito Clésio Salvaro (PSD), e mais nove pessoas, em mais uma etapa da Operação Caronte, que investiga possíveis crimes relacionados ao serviço funerário no município. Clésio afirma ser perseguição política.

O eleitor, por um lado, alimenta-se da polarização e do sensacionalismo, sentindo uma estranha satisfação ao ver “o circo pegar fogo”. Mas, por outro, começa a perceber que, no meio desse turbilhão de ataques, as propostas que realmente importam para melhorar sua qualidade de vida não existem. A sensação de abandono e falta de escolha se agravam quando as opções se resumem a quem conseguiu sair menos chamuscado das trocas de acusações, em vez de quem tem as melhores ideias para o futuro da cidade.

O período pré eleitoral deveria ser um momento de apresentação de propostas, de confronto de ideias, dos debates sobre os projetos para a cidade. No entanto, o que estamos vendo é modelo que sufoca e empobrece a democracia.

*Imagem gerada por IA

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