Emergência em Santa Catarina com aumento exponencial dos casos de dengue. Governo do Estado anuncia ações de combate à doença

Santa Catarina vive um momento crítico no combate à dengue, com um número alarmante de casos que segue a tendência observada em todo o Brasil. O estado, que já registrou até o momento 346.625 casos prováveis e 340 mortes relacionadas à doença, foi declarado em estado de emergência devido à gravidade da situação. Com 65.843 focos do mosquito transmissor já registrados em 283 municípios, a preocupação é crescente, e as autoridades alertam para a necessidade de uma resposta rápida e coordenada.

O governador Jorginho Mello e o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, anunciaram recentemente um investimento de R$ 8 milhões para auxiliar os municípios no enfrentamento da doença. O valor será utilizado principalmente para a aquisição de 800 equipamentos de hematócrito, que ajudam a classificar a gravidade dos casos e determinar se o tratamento pode ser feito em casa ou se há necessidade de internação. Essa ação visa aliviar a sobrecarga nos hospitais e garantir que os pacientes recebam o tratamento adequado.

Com o aumento das arboviroses, que representa uma grave ameaça à saúde pública, o estado intensificou suas ações de combate à doença. O governo tem trabalhado de perto com os municípios, promovendo a aquisição de equipamentos, a capacitação de profissionais de saúde e a atualização do Plano de Contingência. A mobilização também inclui o repasse de R$ 5 milhões para o enfrentamento da epidemia e a ampliação da estrutura de leitos clínicos para atendimentos de casos suspeitos.

O Governador Jorginho Mello apresentou equipamento para monitorar a gravidade da dengue e outras ações de combate à doença em SC. Inicialmente, serão adquiridos 800 equipamentos, com a distribuição definida em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde. A novidade ajuda a classificação da gravidade do paciente indicando se o tratamento pode ser realizado em casa ou se é necessária a internação. O valor investido é de R$ 7,9 milhões, sendo R$ 4,6 milhões referentes aos aparelhos e R$ 3,3 milhões para a realização dos exames.

"Em 2024, os números de dengue no estado e no país são históricos. O cenário exige a colaboração de todos – poder público e sociedade – para eliminar focos do mosquito, a principal estratégia de prevenção", afirmou João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica da SES. A eliminação de locais com água parada continua sendo a ação mais eficaz para evitar a proliferação do mosquito transmissor.

As autoridades de saúde reforçam que o combate à dengue não é responsabilidade apenas do governo, mas de toda a população. Medidas simples, como evitar o acúmulo de água em pneus, garrafas e outros recipientes, podem salvar vidas. O trabalho de conscientização inclui também campanhas em escolas, mobilizações em comunidades e ações de controle vetorial, como a distribuição de pulverizadores motorizados portáteis.

A situação é grave, e a urgência no enfrentamento da doença nunca foi tão clara. A população precisa colaborar ativamente, eliminando possíveis focos do mosquito e seguindo as orientações de prevenção. O aumento de casos e mortes pela doença é um alerta para a necessidade de ação imediata, visando salvar vidas e evitar mais tragédias em Santa Catarina.

Outras medidas anunciadas:

• Solicitação de revisão no número de Agentes de Combate às Endemias financiados pelo Ministério da Saúde; Hoje são 26 municípios e 235 ACE;
• Abertura de leitos clínicos para atendimentos dos casos suspeitos.
• Monitoramento ininterrupto da situação epidemiológica;
• Mobilização das Estruturas de Governo;
• Repasse financeiro de R$ 5 milhões – fev./24 e R$ 5 milhões em dez./23 para uso em 2024;
• Painel de Monitoramento das Arboviroses;
• Câmara Técnica Estadual de Investigação de Óbitos por Zoonoses;
• Reuniões (6) Macrorregionais para preparação ao período de maior transmissibilidade – SPDC, MPSC e TCE;
• Capacitações, Oficinas e Seminário Estadual de Arboviroses (presenciais e virtuais);
• Semana de mobilização nas escolas (07 a 14/11) e dia D de mobilização (23/11);
• Orientações aos novos gestores municipais sobre as ações de enfrentamento;
• Campanhas de recolhimento de pneus;
• Aquisição de dois veículos e de 100 pulverizadores motorizados portáteis para ampliação das ações de controle vetorial

Foto: Roberto Zacarias/Secom