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PITER SANTANA

14 MAIO 2024

Microempreendedores Individuais (MEIs) e a Reforma Tributária do Consumo: Uma Análise das Isenções

Em meio às discussões sobre a reforma tributária do consumo no Brasil, uma notícia tem sido motivo de alívio para os Microempreendedores Individuais (MEIs): eles não serão diretamente afetados pelas mudanças propostas. Atualmente, os MEIs são abarcados pelo regime do Simples Nacional e têm um limite de faturamento anual de até R$ 81.000.

Os tributos pagos por essa categoria correspondem a 5% do salário mínimo, o que representa uma carga tributária significativamente reduzida se comparada a outros regimes¹. Essa decisão de manter os MEIs isentos das alterações diretas na reforma foi tomada como uma forma de "proteção social", com o objetivo de não dificultar o crescimento dessas pequenas empresas.

A reforma tributária do consumo propõe mudanças significativas, como a substituição do IPI, PIS e Cofins pelo CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e a unificação do ICMS e ISS no IBS (Imposto sobre Bens e Serviços)¹. Essas alterações têm como objetivo simplificar o sistema tributário e são esperadas principalmente para empresas enquadradas nos regimes de lucro real e lucro presumido.

A advogada tributarista Fernanda Terra, da Terra e Vecci Advogados Associados, ressalta que a manutenção dos impostos para os MEIs é crucial para não prejudicar o desenvolvimento desses negócios, que muitas vezes representam a principal fonte de renda de famílias brasileiras.

Enquanto o texto com as mudanças ainda está em fase de regulamentação no Congresso Nacional, o setor empresarial acompanha atentamente a tramitação, na esperança de que a taxação não sofra aumento de valor. A expectativa é que a reforma possa trazer mais clareza e eficiência para o sistema tributário, sem onerar aqueles que já operam com margens reduzidas.

Em resumo, a isenção dos MEIs das mudanças diretas na reforma do consumo é uma medida que reflete a importância desses empreendedores no tecido econômico do país. Ao proteger essa categoria, o governo demonstra reconhecimento pelo papel vital que os microempreendedores desempenham na economia nacional, promovendo a inclusão e o desenvolvimento sustentável.

*Os colunistas são responsáveis pelo conteúdo de suas publicações e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Maria Helena Jorn

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