Mobilidade urbana e saneamento em Florianópolis: desafios e soluções

Florianópolis, uma das cidades mais visitadas do Brasil, enfrenta desafios importantes em relação à mobilidade urbana e ao saneamento. Durante a temporada de verão, o aumento do número de turistas agrava problemas que já afetam a qualidade de vida da população local. O prefeito Topázio Neto apontou essas questões como prioridades para o mandato que teve início neste dia 1º de janeiro.

É necessário enfrentar esses desafios de forma firme, garantindo que a cidade tenha a infraestrutura necessária para suportar o crescimento populacional e as demandas turísticas. A mobilidade eficiente e o saneamento básico são fundamentais não só para o bem-estar dos moradores, mas também para manter Florianópolis como um dos principais destinos turísticos do Brasil.

As ações que estão sendo planejadas e implementadas são passos importantes, mas é necessário um compromisso contínuo com a melhoria das condições de vida e a preservação ambiental. Só assim, Florianópolis continuará a crescer, sendo um exemplo de sustentabilidade e inovação no País.

Mobilidade Urbana: Crescimento e Desafios Geográficos

A mobilidade urbana é um dos maiores desafios para o bem-estar dos moradores e turistas de Florianópolis. O aumento da população, impulsionado pela valorização dos imóveis, tem sobrecarregado o sistema de transporte da cidade. Além disso, a expansão da área metropolitana, com municípios como Palhoça, São José e Biguaçu, contribui para um trânsito ainda mais intenso, com um grande número de deslocamentos diários entre a Ilha e o Continente.

A geografia da Ilha de Santa Catarina, com suas limitações naturais, torna a criação de um sistema de transporte eficiente ainda mais difícil. A alta concentração de pessoas, empregos e serviços na ilha gera um grande fluxo de veículos, o que resulta em longas filas e congestionamentos, especialmente nos horários de pico. A falta de infraestrutura para o transporte coletivo, como faixas exclusivas, também faz com que mais pessoas usem carros particulares, aumentando o tempo perdido no trânsito e agravando os impactos sociais e ambientais.

A revisão do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (Plamus) da Grande Florianópolis, que será feita neste ano com apoio do BNDES e da UFSC, é um passo importante para encontrar soluções. A previsão é que a revisão seja concluída em maio de 2025, com propostas que busquem melhorar a mobilidade na região metropolitana.

Saneamento: Faltam Investimentos

Florianópolis, especialmente suas praias mais turísticas, tem enfrentado problemas de balneabilidade, que afetam diretamente a economia local, muito dependente do turismo. Durante o verão, a chegada de milhares de turistas agrava a situação. De acordo com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), ainda existem áreas com pontos impróprios para banho, o que reflete a falta de infraestrutura adequada.

A falta de investimentos suficientes por parte da CASAN, a empresa responsável pelos serviços de saneamento e abastecimento de água, é um dos principais fatores dessa situação. Embora algumas áreas já tenham rede de esgoto, muitos imóveis ainda não estão conectados à rede, o que agrava a poluição nas praias. O Programa Se Liga na Rede, uma parceria entre a Prefeitura e a CASAN, tem incentivado a realização dessas conexões, mas a tarefa é complexa e exige mais esforços.

Para melhorar o saneamento, a CASAN estabeleceu a meta de alcançar 90% de cobertura de coleta e tratamento de esgoto até o final de 2025. A execução de três grandes obras — a implantação do Sistema Ingleses/Santinho, a ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário Insular e o Sistema de Esgotos Monte Verde/Saco Grande — será essencial para alcançar essa meta.

Essas ações são fundamentais para melhorar a qualidade de vida na cidade e garantir que Florianópolis continue a ser um exemplo de desenvolvimento sustentável.

Foto: GMF